segunda-feira, julho 03, 2006

a mudança é uma constante da vida

As pessoas mudam? Será que realmente alguma vez o fazem? ou estarão constantemente a fazê-lo? será que o seu âmago permanece inalterado, rijo, fixo, incrustado na sua individualidade, num destino, numa escritura perdida numa infinidade qualquer, indefinida, etérea, grande, muito grande, tão grande que nos faz sentir diminutos, minúsculos, insignificantes, perdidos, abandonados a um devir que nos esmaga, nos sufoca, nos lembra constantemente que somos nada. Nada. Serei eu o mesmo que era? Será que sempre fui o que sou e o que sou é definido pelo que sempre fui. será que dei uma curva errada num entroncamento qualquer e me perdi do caminho, ou essa decisão estará certa e faz parte da minha natureza? Onde pertenço? Onde é o meu lugar? Será que esse lugar existe? Será que existe um lugar certo para cada um de nós? Como pode Deus existir? Repare-se que ainda tenho o respeito suficiente para me referir a Ele com maiúscula, o que implica que ainda devo ter alguma réstea de humanidade em mim. Quero ser tudo para alguém, quero que alguém seja tudo para mim. E se nada é o que parece? E se todo o mundo é um sonho? E a tua imagem reflectida? É tudo o que és? Qual a verdadeira natureza humana? Qual a minha natureza? Quero viver, quero ser feliz, por favor. Quero achar algum sentido para estar vivo. Preciso de viver e não é para amanhã, é para já. Agora. Não há mais tempo a perder. Já perdi tempo demais. Se só tenho esta vida, é esta que tenho de viver, porra. Não tenho mais nenhuma. Sou humano como os demais. Respiro, como, durmo, choro, rio, sofro, divirto-me, envelheço, morro. Como todos nós. Maldita esta sensibilidade com que nasci. maldita. tornou-me alguém fútil, demasiado fútil e egoísta. Não é isso que quero ser. Não mais. Quero ser uno, quero ser completo e sóbrio. Vou provar a mim mesmo que sou forte. Sou mais forte que tudo isto. Muito mais. Sou senhor de mim mesmo, sou dono da minha vontade, das minhas capacidades. Chega de me vitimizar, de me torturar, e , consequentemente, aos outros. Sou mais. Bem mais do que isto. Quero amar-me para poder amar os outros. Quero ver a luz do dia com alegria, com prazer. Vou conseguir.

4 Comments:

Blogger perdida em Faro said...

Ainda bem que sabes que o vais conseguir, porque só faltavas tu mesmo sabê-lo. Todas as outras pessoas só estavam à espera que tu te convencesses disso. Qual é o próximo passo?
Esperamos-te de coração aberto.

7:13 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Vais conseguir inclusive espalhar essa luz para quem te lê!

12:18 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Oh yeah!! a joana é que sabe! eheh!... e a ti boy, pois... palavras para quê?!! ... Cê é o Cara! :)

11:53 da manhã  
Blogger Ana Fonseca said...

"Quero viver, quero ser feliz, por favor."
Sermos felizes é um favor que fazemos a nós mesmos! E às vezes parece tão impossível chegarmos a esse sítios onde acreditamos que a felicidade se esconde... Eu acho que a felicidade não se esconde de ninguém! A dificuldade de encontrá-la reside em nós, que pedimos muito e que pedimos tudo porque sabemos que temos direito!
Quem pede pouco anda sempre contente... Parece mentira! Mas eu, que peço sempre tudo, também acredito que possa ter tudo o que peço, mesmo que demore!
Faz-te um favor... Faz-te o favor de seres feliz! :)

4:45 da manhã  

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